quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Até um dia

Depois de tantas meias despedidas de tantos, adeus com volta, este sim é o verdadeiro e real adeus até um dia.

Aguarda tudo o que foi bom, tudo o que disse o que fiz, guarda cada sorriso e cada lágrima, pois tudo foi de coração, tudo foi o mais puro de mim, se não chegou, foi porque não tinha que chegar, mas dei tudo, tudo de mim eu dei.

Agora estou aqui sentada realmente a escrever para ti, como no dia em que te escrevi aquela carta, as lágrimas cobrem o meu rosto e meu coração está tão apertado, tão vazio.

No fundo sabia que este dia iria chegar, este dia em que já não sei nada de ti, hoje é o dia, em que choro de verdadeiro saudade, em que choro a recordar e já não a lembrar. Recordar é pensar em algo que já passou e não volta mais.

Tudo foi bom e até o que possa ter parecido mau só trouxe coisas boas, só me fez bem... Por tão bem que me fez me sinto tão triste em ter terminado. Por muito que te custe ouvir e acredita doí muito dize-lo, conhecemo-nos no momento errado à hora errado. Tudo teria sido tão diferente se tivessse acontecido à 9meses atrás, não te culpo, não culpo nimguém, nem sequer a vida nem o destino que se assim quiseram era porque assim teria de ser... Apesar das complicações, eu tentei, tu tentás-te... mas era tudo sentido demais, verdadeiro de mais e por isso frágil de mais.... Somos tão parecidos, que sabias de antemão que eu não iria aguentar e que tu não irias ceder... dá um nó na garganta cada vez que volto a sentir o teu corpo encostado ao meu e a tua voz ao meu ouvido a sussurrar que gostavas muito de mim mas que me ias deixar e que eu te ia deixar saudades, os meus olhos estão cobertos de lágrimas que teimão em cair compolsivamente, são quentes são carregadas de sentimento, embaciam-me a visão que também já pouco ou nada vê...  Sinceramente, neste momento queria correr para os teus braços, só para te abraçar, só queria encostar a minha cara a tua, sentir a tua pele, a tua respiração... Não sei quando te volto a ver, porque tal como eu, és um passaro que voa ao sabor do vento, não é possivel prever qualquer reação tua, um dia isso foi bom, hoje é simplesmente doloroso... Quando te vir o meu coração vai-se encher de tudo, tudo o que é bom eu sei que não irei lembrar as lágrimas que hoje choro apenas lembrarei a saudade que tenho e bom que será nem que por segundos poder sentir a tua presença e olhar, olhar-te mais uma vez, talvez mais uma única vez... não sei é tudo tão inserto, é tudo tão turvo, como o meu olhar, perdido.

Sei que vou querer abraçar-te, mas não vou conseguir, sei que vou querer dizer-te mil e uma palavras mas elas não vão sair, sei que vou querer fazer tudo certo mas só sairá asneira... porque essa sou realmente eu.... como disses-te e bem sou uma fachada, um muro que se aparenta tão forte mas que esconde uma princesinha assustada com medo de tudo e acima de tudo com medo de ser magoada... Um da não será um muro, será a princesa guerreira, mas hoje não passada de uma princesa assustada, que teima em se defender que teima em não acreditar...

Mais uma vez, guarda, mas por favor guarda mesmo tudo o que foi bom, tudo o que te fez sorrir tudo foi diferente, tudo o que valeu apena e o que restar deita fora. Guarda os meus sorrisos, guarda cada lágrima, inventa daquelas caixas virtuais e põe tudo lá dentro bem arrumadinho e selado com um sorriso, para que um dia assim o possas recordar.

Faz com que tudo, até o mais simples gesto entre nós tenha valido a pena, não deixes passar em branco, não apagues da tua memória.... na vida nada, nada mesmo deve passar como uma brisa.

Eu vivi tudo, com intensidade desde o primeiro segundo em que entrei dentro do teu carro, hoje ainda poderia descrever cada segundo... Foi especial, assim como a tua passagem na minha vida.

Ficarás para sempre comigo, desenhado no meu corpo....

Nunca te esqueças de mim, nunca esqueças o que passamos, nunca esqueças os sorrios as lágrimas a voz, o cheiro, o toque, nunca te esqueças desta louca que lutou por ti até ao fim.

Adeus meu Sapinho

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